No final de 2018, tive a oportunidade de conhecer um dos lugares da Argentina que mais desejava ir – Mendoza, a terra dos vinhos. Uma viagem de última hora, com planejamento quase inexistente mas que deu muito certo – quem me segue no instagram acompanhou em tempo real! O destino também é muito procurado pelos amantes da natureza – e eu tenho vontade de voltar lá com esse intuito – mas o foco dessa viagem era 100% vinho. E dale vinho!
O único voo direto partindo de São Paulo saía às 06:40 da manhã, em Guarulhos. Então obviamente não foi uma opção, porque decidimos viajar com dois dias de antecedência e tínhamos muitas coisas para resolver – principalmente quem iria cuidar da minha cachorrinha (nada pequenina), a Cookie. Optamos por um voo com escala no Chile e depois seguimos para Mendoza, que fica menos de uma hora de distância (sério, é tão rápido que você não pode nem levantar e o aviso do cinto de segurança fica aceso o tempo todo). Não diria que é a melhor opção, mas se você não pode voar nesse horário inóspito da manhã, é uma boa saída porque o aeroporto do Chile é até que razoável.
Escolhi um hotel próximo ao centro, chamado Mod Hotels – ele é bem novo, agradável, amplo e serviu seu propósito muito bem. Para mim, o único ponto negativo é que ele fica a pelo menos umas cinco quadras das ruas principais e de noite se você quiser fazer alguma coisa provavelmente terá que andar ou pegar um táxi (que é extremamente barato).
Como queríamos aproveitar a viagem sem nos desgastar muito, fizemos três dias de passeios em vinícolas (ou bodegas, como são chamadas por lá) e os demais dias aproveitamos para conhecer a cidade e passear. Não vou entrar em muitos detalhes nesse post porque quero falar de cada uma separadamente mas nós visitamos sete no total: uma dentro da própria cidade, três em Maipú e três em Luján de Cuyo. Porém ficou o gostinho de quero mais – entre pequenos e grandes produtores, a região conta com mais de 1800 (sim, MIL E OITOCENTAS) bodegas.
Nos últimos 20 anos, o mercado de vinho argentino começou a se destacar pelo mundo. Mas, ainda sim, o enoturismo na região é relativamente recente e ainda muito pouco explorado. Se você foi ao Chile e visitou a Viña Concha y Toro, vai estranhar – a maioria dos passeios é bem mais explicativo, personalizado e sem aquele show turístico (salvo algumas exceções).
A Argentina tem produzido os melhores vinhos tintos do mundo: não, eu não estou chutando esse dado. De acordo com o aplicativo Vivino, o vinho tinto melhor avaliado é do país e o Alejandro Vigil (que está conhecido como popstar entre os Mendocinos) – enólogo da famosa Catena Zapata e Bodega El Enemigo – sozinho emplacou 17 vinhos na lista de melhores do mundo, mais do que qualquer outro produtor!
Apesar da uva mais famosa na Argentina ser o Malbec, outras duas variedades tem se destacado bastante – o Cabernet Franc (que está super em alta entre as bodegas, principalmente na produção de vinhos de alta gama) e a Bonarda (a minha preferida da região e a segunda mais cultivada no país).
Fiquei muito surpresa com a recepção positiva do assunto na minha primeira newsletter (se você ainda não se inscreveu, tá perdendo) e muita gente me enviou mensagem pedindo pra continuar escrevendo sobre o assunto. Sendo assim, criei uma nova categoria de destaque aqui no blog e em 2019 vocês vão aprender um pouco mais sobre vinhos comigo!
The Comments
Mari
Que lugar lindo! E que delícia de viagem – ainda mais porque envolveu vinho. Eu adoro! <3 Amaria conhecer Mendoza tb!
Um feliz ano novo pra vc! Muito sucesso e felicidade com o blog!
Patty
MariÉ muito incrível mesmo, e pra você que curte comida é um bônus agregado. Além dos restaurantes da cidade, algumas vinícolas também tem restaurante e eles são mt bons – experimentei bastante coisa diferente. Vale a pena se programar!
Feliz ano novo pra ti também!
Beijos
Visita à Bodega Escorihuela Gascón – Patrícia S. Néto
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